quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Existe o perigo de bolha imobiliária no Brasil?

O aquecimento do mercado imobiliário em cidades como São Paulo e Rio, com aumento nos preços e na oferta de imóveis, levanta preocupações de que exista uma eventual "bolha imobiliária" em cidades brasileiras.

É possível que haja uma sobrevalorização nos preços, que poderiam cair repentinamente se a eventual bolha "estourar"?

Autoridades e especialistas brasileiros descartam a hipótese, mas um economista americano que previu a bolha imobiliária dos Estados Unidos acha preocupante o fato de os preços dos imóveis terem dobrado nos últimos cinco anos nas maiores cidades brasileiras.

E, nos últimos 12 meses, o aumento dos preços do metro quadrado em 16 capitais foi de em média 12,3%, segundo o índice da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) divulgado nesta quarta-feira. Em Curitiba, esse aumento chegou a 26,8%; em São Paulo e Rio, 13,7% e 15,3%, respectivamente.

Dados do Sindicato da Habitação do Estado de São Paulo (Secovi-SP) apontam que o número de novas unidades de imóveis cresceu 46% e as vendas subiram 63% neste primeiro semestre no Estado.

"Não é possível saber com certeza, mas suspeito que exista uma bolha imobiliária nas maiores cidades do Brasil", disse o economista Robert Shiller, professor da Universidade de Yale (Estados Unidos) e que previu a bolha imobiliária dos EUA. Ele esteve em Campos do Jordão (SP) neste final de semana para um congresso da BM&FBovespa.

"O fato de os preços terem dobrado nos últimos cinco anos não soa bem. Se os preços caírem, isso pode criar problemas", afirmou Shiller, fazendo a ressalva de que não conhece a fundo a realidade brasileira.

Ele alega que, nos Estados Unidos, a possibilidade de um imóvel perder valor era vista como inimaginável - e, no entanto, foi isso o que aconteceu com a crise de 2008, fazendo com que muitos proprietários vissem seu patrimônio se depreciar. Em muitos casos, hipotecas passaram a superar o valor dos imóveis.

Brasil diferente
O caso do Brasil, no entanto, é diferente dos EUA, argumenta Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP (Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo).

"Em conversas com Banco Central, Caixa Econômica Federal e Abecip (Associação Brasileira de Crédito Imobiliário), descartamos completamente a hipótese de uma bolha aqui", diz Petrucci à BBC Brasil, alegando que o aumento de preços acompanhou o crescimento econômico do país e, no momento, reflete os custos mais altos de terreno e de mão de obra e matéria-prima.

"O que está acontecendo está dentro da normalidade. Nos EUA, mais do que uma crise imobiliária, houve uma crise de papéis (em referência à comercialização, no mercado financeiro, de títulos de hipotecas que se revelaram 'podres', gerando a crise do subprime). Aqui, a geração de emprego e renda continua positiva, o financiamento segue abundante e barato e temos uma população economicamente ativa grande (apta a comprar imóveis)."

Segundo ele, as taxas de financiamento imobiliário não superam os 10,5% ao ano - pouco acima da atual taxa básica (Selic), de 9%.

Petrucci argumenta que o sistema de crédito imobiliário ainda tem "saúde" no Brasil, que o estoque de imóveis não vendidos está equilibrado (uma redução desse estoque levou a aumentos nos preços em 2010) e que os preços não devem subir mais aos níveis de 2009 e 2011.

O ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco declarou, também no congresso da BM&FBovespa, que é preciso "ficar de olho" nos preços dos imóveis, mas que não vê perigos imediatos de uma bolha imobiliária, porque a demanda por imóveis se mantém consistente no país.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Mercado de capitais impulsiona financiamentos imobiliários

Bancado no Brasil por 65% dos recursos da poupança deixada nos bancos, os financiamentos imobiliários podem se tornar uma das melhores opções de investimento para o investidor pessoa física e para os fundos de pensão que cuidam do dinheiro de milhares de aposentados e pensionistas.

Em países como os EUA, o Japão e parte da Europa, aplicar em títulos imobiliários é uma das poucas alternativas de baixo risco para fazer o dinheiro render acima do que pagam os bancos.

Poupança cresce e financia expansão imobiliária

A dívida imobiliária (prestações, aluguéis etc.) é "empacotada", convertendo-se em uma aplicação financeira que rende juros conforme as prestações são pagas pelos mutuários e os aluguéis pelos locatários -a chamada securitização.

RISCOS

O risco da transação é o de o mutuário não pagar a prestação ou o inquilino deixar o imóvel, como aconteceu no Shopping West Plaza (zona oeste de São Paulo), quando perdeu locatários para o vizinho Bourbon.

Vale lembrar que, no primeiro caso, há a garantia do imóvel financiado, que serve para cobrir eventuais perdas com inadimplência.

A diferença básica é que, com o dinheiro da poupança, a dívida pertence ao banco.

No caso da securitização, as dívidas pertencem ao conjunto de agentes do mercado de capitais: fundo de investimento, de pensão e aplicadores pessoa física.

IMPULSO

No Brasil, a aplicação em dívida ligada ao crédito imobiliário ganhou impulso após a queda dos juros no ano passado. Agora que as taxas de juros do governo voltaram a subir, diminuiu a diferença a favor dos títulos imobiliários.

"Mesmo com o aumento dos juros, não vejo desaquecimento do mercado de securitização, que se tornou uma fonte importante de financiamento para imóveis comerciais, prédios de escritório e shoppings", disse Onivaldo Scaldo, presidente da Cibrasec, uma das maiores empresas securitizadoras do país.

"A securitização cresce e tem o seu mercado cativo nos shoppings, prédios de escritórios, hotéis e hospitais", disse Osmar Roncolato, vice-presidente da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário).

VANTAGENS

Além de pagar uma taxa melhor do que as demais aplicações de renda fixa, os papéis que ajudam a financiar imóveis dão ao investidor pessoa física isenção de Imposto de Renda.

Entre as opções, está a LCI (Letra de Crédito Imobiliário), uma espécie de CDB (Certificado de Depósito Bancário) em que o banco capta dinheiro para financiar construção e compra de imóveis.

Outro papel disponível é o CRI (Certificado de Recebível Imobiliário), que representa uma fração do conjunto de prestações da casa própria ou de aluguéis que serão pagos.

Ambos os papéis podem ser comprados individualmente ou por meio de fundos de investimentos.

Essa é a melhor opção no caso do CRI, que custa a partir de R$ 300 mil.

TONI SCIARRETTA
FOLHA DE SÃO PAULO

quinta-feira, 20 de junho de 2013

O povo vai às ruas no Brasil

Revolução dos R$ 0,20 mostra que fantasia acabou, diz Financial Times

Um editorial publicado nesta quinta-feira no diário britânico Financial Times diz que os maiores protestos de rua vividos no Brasil nos últimos 20 anos mostram que os brasileiros se deram conta de que o "glorioso novo país" propagado pelo governo seria uma "fantasia".

"A revolução dos 20 centavos mostra que a fantasia acabou" diz o jornal, citando que "espetaculares 10 anos de crescimento" tiraram "cerca de 30 milhões de pessoas da pobreza" com novas demandas que não foram atendidas.

Segundo o jornal, a chamada nova classe média "pode consumir como nunca", mas "as mudanças sociais em outros setores não acompanharam as demandas desta nova classe, ainda precária".

O editorial cita que "não há problema" em cultivar a imagem global do Brasil com investimentos de US$ 12 bilhões em estádios de futebol, mas "não quando a vida é tão dura para a maioria". "Eles pagam impostos iguais aos de primeiro mundo e recebem em troca serviços públicos de má qualidade de países em desenvolvimento". "Ônibus lotados e tráfego pesado tornam as viagens diárias caras e um desperdício de tempo. A corrupção do governo prevalece."

Para o FT, os brasileiros tentam se posicionar "entre o Brasil 'velho', que teriam deixado para trás, e o glorioso Brasil 'novo' que o governo diz ser o país em que vivem". "Isso talvez esteja em sintonia com uma tendência que corre entre os investidores: a de que o modelo brasileiro chegou ao seu limite".

"Em toda América do Sul, cidadãos estão fartos de ouvir como as coisas são boas", diz o FT, acrescentando que os protestos no Brasil vão causar preocupações nos mercados financeiros a respeito dos mercados emergentes como um todo e podem indicar que a "salada política dos velhos dias e o dinheiro fácil do passado podem estar chegando ao fim".

Daily Telegraph
Em um artigo de opinião, intitulado "Apesar do boom das commodities, o Brasil está perto de entrar em ebulição", o jornal britânico Daily Telegraph diz que a frustração que desencadeou os protestos no país se explica pelo fato de as pessoas "terem perdido fé no processo político", a exemplo do que ocorreu em outros países da região.

O texto, assinado por Daniel Hannanfaz, faz uma retrospectiva dos acontecimentos políticos nos países da América do Sul, que, nas últimas três décadas saíram de ditaduras militares, passaram por governos neoliberais que "desperdiçaram suas chances e, em desespero, optaram pela esquerda populista". "Hugo Chávez na Venezuela, Evo Morales na Bolívia, Rafael Correa no Equador, Cristina Kirchner na Argentina e Luiz Inácio Lula da Silva, padrinho carismático de Dilma Rousseff, no Brasil".

Segundo o texto, este modelo funcionou durante um tempo. "As pessoas preferiam eleger os populistas simplesmente pelo fato de que não eram da velha oligarquia. Mas mais cedo ou mais tarde, como acontece com muitos governos socialistas, o dinheiro acaba", diz o artigo. "Esse momento chegou para o Brasil e os brasileiros sentem isso".

Cenas de guerra nos protestos em SP
A cidade de São Paulo enfrenta protestos contra o aumento na tarifa do transporte público desde o dia 6 de junho. Manifestantes e policiais entraram em confronto em diferentes ocasiões e ruas do centro se transformaram em cenários de guerra.

Durante os atos, portas de agências bancárias e estabelecimentos comerciais foram quebrados, ônibus, prédios, muros e monumentos pichados e lixeiras incendiadas. Os manifestantes alegam que reagem à repressão da polícia, que age de maneira truculenta para tentar conter ou dispersar os protestos.

Veja a cronologia e mais detalhes sobre os protestos em SP

Mais de 250 pessoas foram presas durante as manifestações, muitas sob acusação de depredação de patrimônio público e formação de quadrilha. A mobilização ganhou força a partir do dia 13 de junho, quando o protesto foi marcado pela repressão opressiva. Bombas de gás lacrimogêneo lançadas pela Polícia Militar na rua da Consolação deram início a uma sequência de atos violentos por parte das forças de segurança, que se espalharam pelo centro.

O cenário foi de caos: manifestantes e pessoas pegas de surpresa pelo protesto correndo para todos os lados tentando se proteger; motoristas e passageiros de ônibus inalando gás de pimenta sem ter como fugir em meio ao trânsito; e vários jornalistas, que cobriam o protesto, detidos, ameaçados ou agredidos.

As agressões da polícia repercutiram negativamente na imprensa e também nas redes sociais. Vítimas e testemunhas da ação violenta divulgaram relatos, fotografias e vídeos na internet. A mobilização ultrapassou as fronteiras do País e ganhou as ruas de várias cidades do mundo. Dezenas de manifestações foram organizadas em outros países em apoio aos protestos em São Paulo e repúdio à ação violenta da Polícia Militar. Eventos foram marcados pelas redes sociais em quase 30 cidades da Europa, Estados Unidos e América Latina.

As passagens de ônibus, metrô e trem da cidade de São Paulo passaram a custar R$ 3,20 no dia 2 de junho. A tarifa anterior, de R$ 3, vigorava desde janeiro de 2011. Segundo a administração paulista, caso fosse feito o reajuste com base na inflação acumulada no período, aferido pelo IPC/Fipe, o valor chegaria a R$ 3,40.

O prefeito da capital havia declarado que o reajuste poderia ser menor caso o Congresso aprovasse a desoneração do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) para o transporte público. A proposta foi aprovada, mas não houve manifestação da administração municipal sobre redução das tarifas.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Protesto no Brasil ganha repercussão mundial

Protesto no Brasil ganha repercussão mundial

Principais jornais do planeta destacam movimento popular e cobrança sobre o preço do transporte e do gasto com obras da Copa

Da Redação notícias@band.com.br

A manifestação histórica desta segunda-feira no Brasil ganhou repercussão nos principais jornais do mundo. Para o americano The New York Times, os brasileiros fizeram uma manifestação contra a corrupção e cobraram explicações do governo para o aumento da passagem de ônibus, para a corrupção e para os gastos com os estádios da Copa do Mundo.

O Espanhol El País fez uma análise sobre a manifestação e disse que o governo brasileiro foi surpreendido por um protesto contra o aumento de ônibus que começou com poucas pessoas. Para o periódico, os brasileiros querem uma mudança e não se sentem representados pelos políticos em Brasília.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Investir no mercado imobiliário continua sendo um bom negócio

O imóvel é considerado uma boa forma de investir dinheiro – é um patrimônio durável e que se valoriza ao longo do tempo, especialmente quando ocorrem melhorias na infraestrutura da região. Mesmo com a expectativa de estabilização do mercado imobiliário, vender ou alugar uma edificação continua sendo um bom negócio. “Os índices de valorização registram uma pequena queda, porém, os preços atuais não irão diminuir”, explica Carlos Samuel de Oliveira Freitas, especialista em Direito Imobiliário e diretor de Condomínios da PRIMAR Administradora de Bens.

 De 2001 a 2010, os preços dos imóveis residenciais e comerciais no Rio de Janeiro sofreram um aumento de até 700%. O dado é do estudo “Panorama do Mercado Imobiliário do Rio de Janeiro”, realizado pelo Sindicato da Habitação do Rio (Secovi-RJ). A entidade constatou que em 2011 o crescimento do setor foi menor comparado ao mesmo período de 2010. “O valor médio do metro quadrado para venda teve um desaceleração significativa no ano anterior, assim como o preço para aluguel. Nos dois casos, o crescimento foi 50% menor do que em 2010”, aponta.

Para Freitas, mesmo nesta fase de equilíbrio dos valores praticados pelo mercado imobiliário, ainda haverá um aumento nos preços das edificações. A razão é o forte investimento em urbanização e infraestrutura para receber a Copa do Mundo, em 2014, e as Olimpíadas, em 2016. “As unidades imobiliárias localizadas no entorno das sedes destes eventos, onde irão acontecer às competições, serão extremamente valorizadas, principalmente na época de realizado dos jogos. O preço de venda pode superar o valor primitivo em até 300%”, enfatiza Freitas.

Saiba como vender seu imóvel mais rápido

Quem deseja vender um imóvel usado deve ficar atento a algumas orientações básicas que podem dar um empurrãozinho para o comprador fechar o negócio. O processo de venda, na maioria dos casos não é rápido, porém, ter cuidados básicos com a edificação ajuda a atrair mais interessados. “Os imóveis usados têm forte concorrência, por isso quanto mais atraente, maiores são as chances de vender. O primeiro passo é manter a residência sempre limpa e organizada. O jardim e o quintal também merecem mais atenção”, observa.

A conservação do imóvel é fundamental. Portanto, se houver a necessidade de fazer reparos na parte elétrica, hidráulica ou estrutural, faça antes de anunciar o imóvel para venda. Os consertos e melhorias eliminam possíveis distrações para os interessados. “As pessoas que vão visitar a casa ou apartamento se projetam naquele ambiente e se imaginam morando ali. Se o primeiro contato não for positivo, o negócio será prejudicado. Mesmo quando o interessado faz mais de uma visita, a primeira impressão sempre será a mais forte em sua mente” esclarece.

Caso o imóvel a venda esteja ocupado, a atenção deve ser redobrada. Os ambientes devem estar sempre arejados, sem mobília em excesso e objetos jogados em qualquer canto. Os dejetos dos animais de estimação devem ser removidos do quintal, assim como os entulhos. “A boa aparência deve ser mantida constantemente, afinal nunca se sabe quando o possível comprador vai solicitar uma visita. Mesmo que a administradora agende os encontros, será impossível deixar tudo organizado a tempo se não houver manutenção frequente”, afirma.

Outra recomendação importante é a revisão dos documentos do imóvel. A escritura deve ser fidedigna com a realidade. Qualquer diferença pode ser motivo para que o interessado desista de fechar o negócio. “O ideal é manter tudo atualizado para não haver transtornos no momento da negociação. O diálogo é outro fator que conta pontos. O proprietário e o corretor da administradora devem sempre ressaltar os pontos positivos da edificação, comentar sobre as características do bairro e os serviços oferecidos aos moradores, como linhas de ônibus, escolas e postos de saúde”, acrescenta.



Fonte:  Blog ARC

segunda-feira, 10 de junho de 2013

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